ERA UMA VEZ O CINEMA


A Floresta Petrificada (1936)

cover A Floresta Petrificada

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País: USA, 82 minutos

Titulo Original: The Petrified Forest

Diretor(s): Archie Mayo

Gênero(s): Drama, Filme-Noir, Romance, Suspense

Legendas: Português,Inglês, Espanhol

Tipo de Mídia: Cópia Digital

Tela: 16:9 Widescreen

Resolução: 1280 x 720, 1920 x 1080

Avaliação (IMDb):
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7.5/10 (12090 votos)

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PRÊMIOS star star star star star

Sinopse:A Floresta Petrificada é aquele tipo de filme caracterizado pelos bons diálogos dentro de uma estrutura narrativa claustrofóbica. Recorda-se de Festim Diabólico, de Alfred Hitchcock? Já assistiu ao vigoroso Punhos de Campeão, de Robert Wise? Conhece à crítica social arrebatadora de Luis Buñuel em O Anjo Exterminador? Se não conhece, procure urgentemente: são filmes excepcionais, pois se tratam de narrativas que prendem o espectador aos diálogos afiados, tendo como cenografia um ambiente limitado desde os primeiros momentos até o derradeiro minuto de projeção. São basicamente levados na ótica do “que os olhos não veem os ouvidos sentem”. E como sentem.

As poucas cenas de ação ou deslocamento dos personagens são trocados por diálogos primorosos, inteligentes e bem mais interessantes que tiros desferidos em momentos de tensão, porradas entre protagonistas e vilões ou bombas desarmadas por heróis. A Floresta Petrificada, primeira aparição do galã hollywoodiano Humphrey Bogart nos cinemas possui o mesmo estilo narrativo, mesmo que não seja tão bom quanto os filmes citados para exemplificação.

O roteiro é uma adaptação da peça homônima de Robert E. Sherwood: no filme, uma gangue liderada por Duke Mantee (Humprhey Bogart) invade um pequeno restaurante na estrada deserta. Entre os reféns há Gaby (Bette Davis, sempre ótima), uma garçonete que sonha em viver na França; Alan (Leslie Howard), um homem falido e desiludido que viaja rumo ao Pacífico; e o grandalhão Boze (Dick Foran), insistente na sua meta conquistadora em relação à Gaby, além de outros personagens que surgem para reforçar os conflitos centrais do roteiro.

Na seara visual, o filme não possui muitos atrativos que o torne excepcional dentro do que a indústria hollywoodiana produzia no período: os cenários são estilizados, teatrais, com wallpapers de nuvens, terra e cactos, tendo ainda um restaurante típico de beira de estrada como espaço para 90% da narrativa. O clima claustrofóbico impera, tendo como aliado a iluminação bem próxima ao utilizado no que convencionou-se chamar de Filme Noir, um gênero cinematográfico “inventado” alguns anos depois pelo campo da crítica.

Bettes Davis e sua personagem Gaby possuem grande destaque. Mais adiante, a atriz iria colecionar uma série de sucessos no cinema, tornando-se uma das principais Divas da sua época. Com atuação forte, não caricata e calculada na medida certa para cada papel desempenhado, não há revestimento aurático no trabalho da atriz: ela era realmente muito boa, principalmente em papeis dramáticos que exigiam carga irônica. Sonhadora, a sua personagem recebe constantemente postais da França, enviados por sua mãe, personagem que surge apenas nos diálogos e incentiva a inclinação da filha por produzir pinturas, numa espécie de combustível para alimentação do sonho da moça de deixar o cargo no restaurante e seguir uma vida menos ordinária.

O filme que consagrou Bogart como astro, depois de uma longa carreira como coadjuvante. Já tinha 37 anos, mas foi preciso retornar para a Broadway para fazer a montagem teatral deste texto de Robert E. Sherwood para conseguir o papel marcante de Duke Mantee (que na verdade é inspirado no "Inimigo Público Número Um", Dillinger). 

Ele foi grato a vida toda para o inglês Leslie Howard, porque foi ele quem insistiu para que Bogart fizesse o papel no filme em vez de outro ator mais famoso (Edward G. Robinson) como queria a Warner. Tanto que deu o nome a seu filho de Leslie. 

 

Elenco: